quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cartas



Hoje a tarde me peguei reparando na letra da minha avó. Ela fez a lista do supermercado e deixou em cima da minha mesa. Li o que precisava comprar, mas o que me chamou a atenção foi a sua caligrafia. Antiga, bonita, trabalhada. Não sei se existe ainda aqueles cadernos de caligrafia que éramos obrigados a escrever umas cem vezes a letra a (sempre cursiva, é claro), B, C, etc....

Várias vezes, em conversas corriqueiras, as pessoas comentam que não escrevem mais. Quando eu falo isso, me refiro a pegar uma caneta e escrever no papel mesmo. Um texto, um pensamento, uma vontade. Ou até mesmo uma carta. Cartas... como era bom o tempo em que trocávamos cartas. Cartas com os amigos que estão longe, parentes, amores.., Cartinhas de segredo entregues durante o intervalo da aula chata de matemática.

Hoje em dia é Ipad, IPhone, agenda no Outlook, celular...ninguém mais escreve. Um costume tão bom e tão importante para o desenvolvimento do ser humano. Escrever sem se preocupar, sem voltar e apertar a tecla de apagar o tempo todo. Sem mudar parágrafos de lugar, editar o texto o tempo todo (confesso que faço isso também). Mas é muito bom parar um pouco e colocar no papel os seus pensamentos e ver a forma que eles têm.

Eu tenho um amigo com quem sempre troquei cartas. Infelizmente a frequencia diminuiu, mas ano passado consegui escrever duas cartas para ele. Esse ano quero escrever mais.

Sugestão: deixe um pouco de lado o facebook, twitter, MSN e vá escrever uma carta! Mande apenas um oi ou porque não, um texto bem grandão?!

Com certeza a carta será muito bem recebida!