segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Mandamentos para um ano novo




Não importa se o ano é novo ou velho. Se a virada é hoje a noite ou se já passou faz seis meses. Tem certas promessas que deveriam ser feitas e cumpridas independentemente do réveillon.

São aquelas promessas que geralmente fazemos quando entendemos a importância de algo, de algum momento. São também aquelas que surgem claramente quando nos arrependemos de algo que fizemos.

Enfim, vivendo e aprendendo. Mas como hoje especificamente é dia 31 de dezembro e daqui a pouco começa um ano novo, acho que vale a pena uns minutos de reflexão, contanto que eles possam se estender durante os próximos anos.

Por isso, faço agora uma pequena lista que parece muito fácil e simples no papel. Mas sei que serei testada nos momentos mais corriqueiros: naquelas horas de desânimo, de stress e naqueles momentos de cansaço.

São nesses momentos que somos testados. Quando menos esperamos somos obrigados a passar por situações que irão nos provar, que irão cobrar o nosso crescimento espiritual e emocional. E nessas horas espero lembrar desses meus mandamentos e espalhá-los por aí através das minhas atitudes.

Mandamentos para 2013, 2014, 2015..... 2050..... 

1 - Aprender a valorizar a família, independentemente da quantidade de defeitos que eu acho que ela possa ter.

2 - São as pequenas ações que realmente importam e que fazem diferença na nossa vida.

3 – Julgar de forma implacável não permite que eu olhe e entenda o outro como um simples ser humano.

4 - Entender que controlar tudo e a todos não traz felicidade.

5 – Aquietar a mente e relaxar são tão importantes quanto estar realizando algo, o tempo todo.

6 - Aprender a contar até 10 antes de falar ou agir é a melhor solução.

7 - Respeitar as diferenças do outro.

8 - Pedir perdão e perdoar.

9 – Respeitar o próximo com todas as suas qualidades e defeitos e entender que todos podem errar.

10 – E por final, estar sempre disposta a aprender.

Feliz ano novo para todos! 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A motivação e a disciplina






Todo final de ano é sempre a mesma coisa: as pessoas ficam mais pensativas, mais reflexivas sobre o que passou e o que está por vir. Fazem planos e mais planos, projeto verão 2013 e tudo mais. É sempre a mesma coisa. E é uma coisa boa, se colocarmos em prática tudo o que pensamos. Ta bom... não precisa ser tudo, mas pelo menos a metade, ou um terço vai.

Se pararmos para pensar, geralmente a maioria das pessoas vive a vida no automático, com milhares de obrigações para cumprir. Filhos, trabalho, família, contas a pagar, academia, alimentação, médicos, etc, etc, etc... Não que essas preocupações sejam ruins, muito pelo contrário, fazem parte da nossa vida e nos fazem nos sentir repletos, mas assim mesmo é importante parar um pouco e pensar se a vida está mesmo conforme sonhamos.

Nesse automático do dia a dia acreditamos que estamos realizando os nossos sonhos, nos sentimos felizes, mas também, as vezes, nos sentimos infelizes por não estarmos fazendo algo que queríamos. O que é, afinal, esse algo? E por que geralmente esses pensamentos aparecem justamente no final do ano?

Isso é com cada um... Para alguns é um trabalho novo, para outros é conseguir emagrecer 20 quilos, passar no vestibular, casar ou comprar uma casa. Mas sempre terá esse algo a mais para nos preocuparmos. Agora, o que eu acho primordial é entender essa questão que fica martelando as nossas cabeças quando pararmos para fazer o balanço das nossas vidas.

O que estamos fazendo para realizar esse tão esmerado desejo? Uma coisa que eu aprendi em viagens é que elas realmente acontecem se você planejá-las. Muitas pessoas estão sempre falando que querem conhecer o país tal, mas nunca fazem nada a respeito. Sempre existem empecilhos, obrigações, as famosas citações: “se eu tivesse dinheiro”, “se eu tivesse tempo”... Mas se você definir o que quer e começar a agir, as coisas acontecem. Mais fácil do que possa imaginar!

Para mim esse desejo de fazer algo é a motivação para a realização. Porém, só ter o desejo não quer dizer que estejamos motivados para começar o trabalho que irá nos levar ao tão estimado objetivo de desejo. Certo, então o primeiro passo é descobrir o que realmente queremos. Quando definimos isso, quando conseguimos parar e pensar, nos sentimos motivados a fazer algo a respeito. Entendemos a necessidade da mudança, entendemos como isso poderá influenciar a nossa vida. Daí sim esse sentimento será a motivação para algo melhor, maior, que vai de encontro com o que realmente desejamos.

Com essa motivação a flor da pele, entra a etapa mais difícil: É a hora de nos disciplinarmos para alcançarmos o nosso objetivo. Porque será que é tão complicado para algumas pessoas (eu acho que a maioria delas) manter essa disciplina?! Sabemos que se tivermos disciplina para seguir o nosso caminho alcançaremos a nossa meta. Mas assim mesmo é complicado entender tudo isso e conseguir colocar em prática.

Aliás, esse texto veio de um pensamento a respeito de escrever mais. Pois é! Queria escrever muito mais no meu blog sobre temas variados do comportamento humano. Adoro fazer isso e sei que preciso praticar mais a cada dia. Sei que preciso escrever mais e seguir uma periodicidade nas publicações. Senão, nunca serei lida como eu quero e nunca irei melhorar os meus textos. A motivação eu tenho. Sei exatamente o que eu quero, mas só com trabalho árduo e essa tal da disciplina vou alcançar isso.

Essa não é a primeira vez que eu prometo para mim mesma escrever mais no meu blog. Quero isso, mas sempre tem algo que eu julgo mais importante, um prazo para cumprir, ou então a preguiça, o cansaço...E também o medo. Será que eu estou fazendo direito? Será que está bom? Mas a gente nunca vai saber se não tentarmos, não é mesmo?!

Então aqui estou eu mais uma vez (e espero que seja a última) prometendo escrever mais. Mudar e correr atrás do que eu realmente gosto. Sei que não será fácil mudar um hábito, mas será um treino. Terei que ter muita motivação e, é claro, disciplina. Mas para não deixar a minha meta inatingível, não vou me cobrar tanto. Vou estabelecer padrões e critérios que estejam de acordo com a minha rotina para que eu possa cumpri-la. Ainda não tenho isso definido, mas acho que o primeiro passo está sendo dado. Tenho a motivação e vou ter a disciplina.

Espero que esse texto, mais para um desabafo, possa motivar algumas pessoas também!



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cumplicidade eterna




Ser cúmplice de alguém, segundo definição do dicionário é “Que, ou aquele que colabora ou toma parte com outrem nalgum fato. Que, ou aquele que participa de um ato”. Amigo é assim. Aliás, em minha opinião, a relação de amizade é a que mais proporciona momentos de cumplicidade. Momentos únicos de troca de experiências, dores, alegrias, angústias e muitas risadas.

É uma relação independente de tempo e espaço. Se a amizade existe, ela será eterna e irá ajudar a compor a nossa personalidade, a nossa história. O eu é criado através dessas relações, da troca interminável de sentimentos e sensações que mudam com o passar do tempo; que amadurecem. Aparecem novos questionamentos e anseios que são divididos, mais uma vez com os amigos.

Sei que o que sou hoje é fruto também dessa cumplicidade que tive e tenho com alguns amigos. Por essas pessoas que deixaram cartas escritas contendo desejos e segredos; por telefonemas intermináveis que dividiram risadas e reclamações; pelas lágrimas de alegria e por outras não tão felizes assim. Amigos que até hoje compartilham comigo uma vida intensa, sempre nova, cheia de surpresas.

Essas pessoas são capazes de dar aquele puxão de orelha, de estender a mão e até de descer ao fundo do poço para depois levantar junto, com toda a força. Seres que incentivam, criticam e entendem sem nunca querer nada em troca.
Simplesmente estão ao nosso lado em todos os momentos da vida. Não importa quantos forem e por quanto tempo durarão. A amizade transcende os limites das horas, dias e anos. Porque uma vez isso criado, será para sempre.

Agradeço todos os dias por essas amizades, por essa cumplicidade eterna criada com pessoas tão importantes. Alguns estão distantes fisicamente, mas nunca longe do meu coração; com outros não tenho mais contato, mas sempre aparecem para dar um alô nas minhas lembranças e geralmente vêem acompanhados de boas risadas. Já existem aqueles que se foram para sempre, mas vivem intensamente na memória de todos que encantou. Sem contar os amigos que estão ao meu lado o tempo todo. Aquelas pessoas que eu sei que posso contar com o que for preciso. Para todos esses, dedico a minha cumplicidade eterna.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Hábitos


Inspirada em criar novos hábitos, li esse texto. Mas sei que só depende de mim! 


Nosso caráter é composto, basicamente, pelos hábitos que desenvolvemos. O velho ditado diz: “plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino”.

Os hábitos são fatores poderosos em nossa vida. Uma vez que representam padrões coerentes – e muitas vezes inconscientes – eles servem para exprimir nosso caráter no dia a dia, e são responsáveis pela nossa eficácia...ou ineficácia...

Hábitos podem ser aprendidos e desaprendidos. Não é fácil, mas é possível romper com tendências tão profundamente arraigadas como – criticar, ser impaciente e egoísta, por exemplo – exige muito mais do que um pouquinho de força de vontade. Esse tipo de mudança exige um esforço tremendo, mas depois, toda a liberdade assume um novo sentido.

Definimos hábito como a interseção entre o conhecimento, a habilidade e o desejo. O conhecimento é o que fazer e o porquê; a habilidade, como fazer; e o desejo a motivação, o querer fazer. Para tornar algo um hábito é preciso reunir estes três elementos.

Por exemplo: eu posso ser ineficaz em minhas relações com os colegas de trabalho, minha esposa, meus filhos porque – constantemente – digo a eles o que eu penso, mas nunca ouço o que eles têm a dizer. A não ser que eu mude esse hábito, corro o risco de jamais saber que preciso ouvi-los. Mas, mesmo sabendo que preciso ouvir, posso não ter a capacidade para tanto; pode ser que eu não saiba como ouvir sinceramente o que outra pessoa está dizendo.

Mas ainda assim não é o bastante: porque saber que preciso e saber como ouvir, de nada adiantará se eu não quiser, se eu não tiver a vontade necessária para ouvir.

Se não houver os três elementos: conhecimento, habilidade e desejo você nunca conseguirá mudar o velho hábito e adquirir um novo.

Adaptado do livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, de Stephen R. Covey 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Verdade e Poder




Verdade e poder estão intimamente ligados. É o poder quem determina as verdades e as faz valer. Portanto, a verdade é uma invenção com objetivos específicos, com uma função clara. O poder cria formas estruturadas e massificantes para nos convencer de que tal fato é a verdade. O poder faz isso utilizando-se da razão, da inteligência e do quanto ela conhece do ser humano. Nietzsche dizia que "não existem fatos, apenas interpretações", e é isso o que o poder faz, vende a sua interpretação da realidade. E na maioria das vezes compramos. O poder é insistente, é ostensivo, e se utiliza de inúmeros veículos e formas diferentes para nos convencer.

Foucault dirá que as ciências humanas não existem senão, para conhecer o ser humano e com isso dominá-lo mais facilmente. O poder monopoliza o conhecimento e com este constrói verdades que são disseminadas no cotidiano. TV, internet, impressos, cinema, teatro, todos construindo e vendendo suas verdades. Dito isso, concluímos que a verdade não existe, ela toma a forma que determinam, é uma massa de moldar habilmente manipulada por aqueles que detém o conhecimento da técnica para fazer. Então achamos lindo, achamos perfeito e tomamos o molde como real. Ele ganha vida porque a damos. Uma verdade só se torna veraz se nela acreditamos, do contrário se desvanece.

Contudo, não é fácil nos defender dos fazedores de verdade, pois eles nos conhecem bem o bastante. E por vezes não vendem suas verdades diretamente, mas sim indiretamente. Por meio de uma história, por meio de um conceito, de uma expectativa, de uma esperança, de um sonho. O poder se utiliza de estratégias para nos padronizar, com isso, facilmente nos tornamos previsíveis, o que nos deixa transparentes. Ou seja, manipuláveis na medida em que se sabe como o indivíduo pensa, quais são seus anseios, seus desejos, que, aliás, também são instaurados pelo poder, sendo assim, fica fácil saber como vender uma verdade que mais facilmente será comprada. É tão personalizado, que quando você olha facilmente dirá: "isso foi feito pensando em mim". É tudo o que o poder queria ouvir.

Voltemos a Foucault, que muito escreveu sobre o poder, e uma de suas frases mais célebres foi: "onde há poder, há resistência ao poder". Ou pelo menos deveria ter. E só conseguiremos, sendo sujeitos pensantes e dispostos a libertar-se das fábricas de verdades. Começando a questionar, indagar sobre a função da verdade que estão lhe propondo. Se você compra uma verdade porque o amigo comprou, ou porque todo mundo está comprando, então não é uma ação livre. Compra uma fantasia e a toma como verdade. A não ser que queira viver de ilusão, faz-se necessário ter mais critério em suas escolhas. Que tem de estar pautadas em si mesmo, na sua realidade e nos seus verdadeiros interesses.

Libertar-se completamente do poder é quase que impossível, pois fazemos parte de uma sociedade. Contudo, os lampejos de liberdade podem nos proporcionar belos momentos de desfrute e paz. Como se pudesse simplesmente fechar os olhos e curtir seu universo pessoal, sem preconceitos, sem obrigações, sem culpa, sem medo, sem vaidade, sem preocupação. Simplesmente sentir-se completamente desnudado de deveres e regras, como se nada pudesse atingi-lo de forma alguma e conseguisse flutuar, diante da leveza de seus pensamentos e consciência. Quem sabe precisamos criar um escudo que nos proteja dos vendedores de verdade. E assim poder criar nossas próprias verdades, saudáveis e por isso benéficas a si mesmo.

Odair J. Comin
Psicólogo clínico, especialista em Hipnose e Escritor
Autor do livro “Mestre das Emoções”.

Fonte: Dot News Comunicação

sexta-feira, 16 de março de 2012

O paradoxo do fim



Uma separação começa muito antes de seus sintomas: não olhar nos olhos, transar superficialmente, não sonhar junto, não se beijar...Todas as estruturas que corroem uma relação já estão presentes logo no começo - mais: são a base na qual a relação se constroi. Temos a sensação de que o fim acontece porque o trem saiu dos trilhos; parece absurdo pensar que na maioria dos relacionamentos ele nunca chegou a entrar. 

A mesma passividade pela qual nos sentimos arrebatados por aquela "química" de vida própria depois causará a sensação de que o sofrimento vem de fora, como se não fosse tecido por nós. Uma delícia quando o amor surge do nada: uma tragédia quando some do mesmo jeito. 

 A mesma lógica de mercado que usamos para avaliar benefícios de uma relação, comparando atributos antes de decidir, vai exigir que o outro funcione conforme anunciado ou substituí-lo por um produto com mais qualidades. 

A mesma negociação que no começo nos faz ceder, tolerar, causa desânimo e depois produzirá aquela conversa de reconciliação cheia de exigências: "Eu quero receber isso; o que você quer de volta?" 

A mesma alucinação romântica que vê o parceiro como um ser especial nos fará podar, rebaixar, diminuir, humilhar o outro, como uma punição por ele não ser tão perfeito quanto imaginamos. 

O mesmo controle que adoramos reificar e divulgar - "Você é meu", "Eu sou sua", "Eu te conheço como ninguém" - depois se transformará em ciúme, claustrofobia, previsibilidade. 

O mesmo apego pela experiência de felicidade (fluxo de ânimo, propósito, conforto, brilho no olho), cuja aparante satisfação nos cega para a importância de cultivar felicidade de modo autônomo, esvaziará os pulmões e a vontade de sair da cama assim que o relacionamento entortar. 

Somos destruídos pelos mesmos jogos que valorizamos e alimentamos enquanto estamos radiantes. Tentar sair ileso é como pedir o côncavo sem o convexo. O fim trágico é só o outro lado do começo iludido. 

Portanto, o melhor modo de seguir um relacionamento não é evitar erros, como se tudo já tivesse vem e apenas fosse preciso não estragá-lo, mas perceber o quanto já estamos estragados (passivos, autocentrados, negociantes). Para reconstruir a relação em base ampla,  menos dependente de tais dinâmicas confusas,  talvez seja melhor viver perto do fim em vez de afastá-lo. Só assim trabalharemos com os divórcios sutis bem antes de a bola de neve crescer. 

Texto de Gustavo Gitti, para a Revista Vida Simples de abril de 2012  

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dona da rua




Hoje eu estou me sentindo dona da rua. Dona das lojas por onde passei, dos prédios, das calçadas, das árvores.... Esse sentimento todo é porque eu descobri que posso ser dona disso tudo ao invés de ser dona, apenas, de um pequeno monte de lata, com quatro rodas e janelas (sem ar condicionado).

Recentemente resolvi vender o meu carro. Tenho que assumir que desde que eu o comprei, em 2009, quase não andei mais a pé, e nunca mais (sério mesmo) nunca mais tinha andado de ônibus. Como a gente se acomoda né?! E outra, como a gente se acomoda com o que não nos faz bem...

Pois é! Eu tenho a vantagem de ser Home Office e, quando eu preciso ir aos meus clientes, é tudo perto. Não preciso ficar como em uma lata de sardinha no ônibus e metro. Aliás, que vergonha que é isso, não?! Como pode uma cidade do tamanho de São Paulo não ter uma boa infraestrutura de transporte público. Por isso, muitos querem comprar seus carros. Preferem ficar horas no trânsito a usar o transporte público.

Enfim, isso é algo que todos temos que lutar contra. E quando eu decidi vender o carro, além de me aliviar financeiramente, também pensei nisso e que eu não precisava de um carro. Me convenci de que era pura mordomia minha e que eu podia me virar um pouco sem ele. Também estava ficando a cada dia mais estressada com o trânsito, com o ficar presa dentro de um pequeno espaço.

Percebi que sem o carro eu também iria estar contribuindo para o uso coletivo do transporte público e porque não, para a saúde do planeta. Pelo menos é menos uma pessoa dirigindo por aí. Tomada desses princípios, resolvi encarar essa nova fase. E posso dizer que eu estou parecendo uma criança nesse primeiro momento. Sei que vão ter dias que eu vou me estressar, que o ônibus vai lotar e que eu vou me atrasar, mas isso tudo tem uma causa maior e que eu quero apoiar.

Quando você usa o transporte público, você tem a opção de descer antes do ponto final para ir andando, por exemplo, ou até mesmo fazer todo o trajeto a pé. Ou seja, aquela ideia de que achamos que temos mais liberdade dentro de um carro, que podemos ir para qualquer lugar, é completamente inversa!!! Estamos presos dentro do carro! A liberdade é a rua!

Vejo muitas pessoas acomodadas com o carro. Com o conforto que ele proporciona. Acho que as pessoas se iludem um pouco também. Queria que esse comportamento mudasse em todo mundo. Que as pessoas parassem para pensar no esquema de carona, na vantagem de abrir mão do carro pelo menos uma vez por semana, sei lá.

Falando em carona, tem um projeto muito bacana chamado Caronetas. Eles reúnem informações de empresas e pessoas que moram ou trabalham perto e que gostariam de contribuir de alguma forma. Vale a pena conferir!! Existem também outros parecidos. É só pesquisar!

Acredito que isso seria melhor para todo mundo e para o mundo! Acho que temos o preconceito de que melhorar de vida é ter um carro. Não podemos mais pensar assim e acho que temos que incentivar os outros a fazerem o mesmo. Se mais pessoas usassem o transporte público, se mais pessoas brigassem pelos seus direitos, acho que isso poderia mudar. Enfim, é uma ideia que eu gostaria de compartilhar e contar que está valendo muito a pena.

Em um primeiro momento, sentimos que estamos abrindo mão de um conforto, mas depois percebemos que é ao contrário. Para aqueles que ainda têm a cabeça fechada de que precisam de um carro para tudo, espero que possam parar só um pouquinho para pensar nesse assunto! O mundo, o trânsito, todos vão agradecer! 

terça-feira, 13 de março de 2012

Injeção de ânimo


Sabe aqueles dias que a gente precisa de uma injeção de ânimo?! Eu estou assim hoje. Lutando para colocar as ideias em ordem, parar de ter pensamentos pessimistas e me incomodar com a situação atual.

Até me sinto egoísta e mimada por esses pensamentos. E sei que nessa hora eu preciso daquela pessoa que vira e fala: Olha para sua vida?! Porque está reclamando tanto?! Não posso reclamar das coisas. Acho que estou mesmo no caminho que eu sempre quis, acho mesmo que estou, cada vez mais, conseguindo conquistar o que sempre almejei. Mas porque será que as vezes a gente desanima? Acha que está tudo errado, que as coisas têm que mudar.

Sei que a inércia é uma palavra que não faz parte do meu vocabulário. E como eu mesma falei ontem, a vida coloca a gente em situações que nos “acomodamos” por um tempo e depois queremos mais, melhorar, conquistar mais. Eu sei que eu sou assim.... Sei que não consigo me contentar com pouco ou até mesmo com o famoso “é o que temos para hoje”. Mas sei também que nada acontece da noite para o dia. Sei que vamos conquistando o nosso espaço aos poucos, com muito aprendizado. E bota aprendizado nisso viu...

As vezes parece que nos encontramos em uma sinuca de bico. Aquelas situações que não conseguimos visualizar uma saída saudável para todos. Daí essa confusão de sentimentos e pensamentos. E eu não quero que essa confusão contagie as partes boas da vida e nem as pessoas que fazem parte dela. Nessa hora que essa injeção seria incrível!

Mas como ela não existe, como ainda não inventaram nada legal para isso e que realmente resolva, eu mesma preciso policiar os meus pensamentos e tentar saídas saudáveis, e isso não é fácil. Preciso de um autocontrole imenso, preciso olhar para os outros que estão comigo e entender como estão lidando com a mesma situação e enxergar que eu não sou a única no mundo com vontades de mudanças e desejos.

Ai entra o jogo do contente. Analisar a vida por um ângulo maior, entender que as situações somos nós mesmos que criamos e entender que basta um passo de cada vez para atingirmos os nossos objetivos. Parar de olhar apenas para o lado negativo e enxergar as coisas positivas da vida. Sempre tem. Por mais difícil que possa parecer no momento, sempre somos capazes de enxergar o melhor caminho e a melhor forma de agir.

Enfim...não sei se rolou aquela injeção, mas pequenas doses homeopáticas já me ajudaram a enxergar melhor o que eu tenho que fazer. Aos poucos mudar as coisas que me incomodam sem invadir o espaço dos outros, conversar e propor novos pontos de vista, e valorizar, sempre, o que eu já conquistei hoje. As coisas boas da vida. As pequenas coisas que me fazem feliz. Acho que esse é o caminho, não é?!
 



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O que é realmente necessário?



Todos os dias quando acordamos já começamos a fazer uma lista imaginária das nossas tarefas que serão executadas. Ao mesmo tempo, ao pensar em todos os nossos planos, já começamos também a listar o que precisamos. O tempo todo achamos que precisamos de algo. De mais espaço, de uma roupa nova, de uma casa nova, de um celular novo, etc... Acreditamos que precisamos de todas essas coisas para termos mais conforto, para sermos mais felizes. Será mesmo? Não quero desvalorizar a busca em melhorarmos de vida, de proporcionar mais conforto para nós e as nossas famílias, mas o que é realmente necessário?

Já perceberam que poucas são as vezes que acordamos e fazemos uma lista que precisamos ser mais pacientes, mais amorosos com as nossas famílias, corajosos para realizar algo diferente e novo? Porque será que não damos a real importância para esses pensamentos? Se formos parar para pensar, esses desejos são muito mais importantes do que um carro novo, por exemplo. O carro até pode trazer mais conforto para uma família grande, mas tenho certeza que um abraço apertado de um pai que realmente se importa vale mais do que o carro mais confortável do mundo.

Pois é... Sempre vamos achar que precisamos de mais e isso é bacana para a nossa evolução. Mas temos que entender realmente o que precisamos para sermos felizes. O que é esse “mais”. Com certeza a felicidade não virá de nenhum bem material. Sabe aquela sensação maravilhosa de visitar um lugar novo, de comer em um bom restaurante? De desfrutar de algo bom? Tenho certeza que ela só existe porque neste momento estamos ao lado de quem amamos. Ou até mesmo quando estamos sozinhos, com a nossa melhor companhia que somos nós mesmos, e estamos bem. De nada adianta estar no melhor restaurante, no melhor hotel ou em um lugar paradisíaco se não estivermos felizes com nós mesmos, em paz.

Você pode até admirar o lugar, mas não será por completo. Aquela paz interior que é a responsável pela felicidade. Aquele sentimento simples de nada sentir. Apenas se entregar para algo incrível. E isso só vem quando entendemos o que é realmente necessário para as nossas vidas. Faça a sua lista matinal, sonhe com dias melhores, mas antes de tudo, procure entender quais são as suas reais necessidades para ser uma pessoa melhor!